sábado, 13 de setembro de 2008

Dia 13 e 14: O regresso...









E assim foi. Acordar no Queens Court e sentir que aquela tinha sido a última noite passada em solo australiano fez-nos sentir subitamente tristes e sem vontade de saltar da cama. No entanto, às 8:30am estava tudo arranjado, de pequeno-almoço tomado e com as malas à porta à espera do autocarro que nos iria levar ao aeroporto. Ficávamos logo fartos de aviões só de olhar para o programa, quatro voos e mais de trinta horas em trânsito separavam-nos de Portugal. De Cairns para Brisbane foi um voo tranquilo, a maior parte do grupo aproveitou para dormir. De Brisbane para Singapura já não foi assim tão rápido, mas a mantinha, a almofada, a televisão, os jogos e a música ajudaram a passar o tempo. Em Singapura tínhamos umas três horas e tal para matar, então resolvemos gravar as pequenas entrevistas de cada um dos e-exploradores para falarmos sobre esta experiência e como esta viagem nos influenciou. Apesar das reclamações todos disseram qualquer coisa, uns com mais vergonha, outros com mais piada e outros que não se calavam… Embarque, desta vez com destino a Londres. Este voo parecia que tinha virado pousada visto que toda a gente aproveitou para arrochar, foram 12:30 de voo. Chegada a Londres, chegada a altura da primeira despedida, a Eva ia apanhar o voo para Paris e nós para Lisboa. No meio de muitos abraços e nós na garganta dissemos adeus e muitos caíram, pela primeira vez, na realidade de que a nossa trip de sonho estava a chegar ao fim. No voo para Lisboa ninguém dormiu. Chegar, voltar a abraçar os amigos e a família, dizer adeus ao staff maravilhoso que nos acompanhou sempre: o mestre Ricardo que estava sempre a tentar por juízo na cabeça da “malta”; o fotografo Gatinho que diz sempre o que pensa e é um bacano que ‘tá sempre na dele’; o cameraman e editor Barbot que era a pessoa mais cómica da viagem e dava show com as suas saídas e caretas engraçadas; e ainda a Ana, essa companheira de compras e passeios. Era difícil lidar com todas estas emoções, e ninguém sabia muito bem como ia reagir. Aterragem, respirar ar português, ouvir a nossa língua materna, foi bom. Todos queremos voltar um dia à Austrália, mas voltar a casa, ao nosso ambiente, com esta maravilhosa aventura para um dia recordar e contar a filhos e netos foi “estupendamente”.

Obrigado Kanguru!! Obrigado Optimus!!

Dia 12: Grande Barreira de Coral





Foi com grande curiosidade e excitação que nos levantámos esta manhã. Já todos tínhamos ouvido falar, visto na televisão ou em revistas a mundialmente famosa a barreira de coral, a maior do mundo – a Grande Barreira Coral (Great Barrier Reef). Não sabíamos bem o que nos esperava, até porque o tempo não estava nada sorridente. Entrámos no barco e lá começámos a viagem. A tripulação era simpática mas o mar estava mesmo agreste, com tantos solavancos a malta (praticamente) toda enjoou e apesar dos comprimidos contra a má disposição, os sacos para os vómitos foram bastante úteis. No meio daquela ”desgraça” arranjámos espaço para a brincadeira e elegemos o “cãopeão”, o recordista de três sacos, o João Gonçalves. Lá chegámos à Grande Barreira de Coral, vestir os fatos, calçar barbatanas, pôr os óculos e o tubo. Embora lá fazer snorkeling e descobrir a barreira de coral. Uma corrente de 24ºC no meio do oceano erguem-se paredes de corais com tamanhos impressionantes. Percorrer aquele local misterioso, os peixes a olharem para nós como quem diz “este é o nosso espaço, não o vosso” mas ao mesmo tempo completamente indiferentes à nossa presença, continuando a sua vida como se nada fosse. Vimos também anémonas, ostras gigantes e conchas inimagináveis. Hora de almoço, como o tempo passa depressa lá em baixo. Comemos qualquer coisa leve a bordo e mudámos de sítio. Mais uma vez demos de caras com peixes das mais variadas formas e feitios, a cada curva encontrávamos um peixe diferente de todos os que já tínhamos visto nesse dia. Com as pernas a começar a fraquejar, o frio e a chuva a invadirem-nos o corpo e a campainha a chamarem para lanchar, lá voltámos ao barco, vestimos roupa seca, metemos qualquer coisa na boca e começámos o caminho de volta. Para terra houve muito menos enjoos. Vínhamos todos meio aparvalhados com o espectáculo aquático incrível e majestoso com que nos havíamos deparado. À medida que nos aproximávamos do cais começamos a sentir o peso da partida e o travo amargo da melancolia a chegar. Arrumar as malas pela última vez e empinocarmo-nos para a última noite foram coisas que nos trouxeram sentimentos contraditórios. Por um lado estávamos felizes pelos espectaculares momentos que passámos e também por ir matar saudades do pessoal que aí ficou, mas por outro não queríamos nem por nada dizer um adeus a este país maravilhoso. Foram imensas as experiências e os conhecimentos adquiridos que nunca mais iremos esquecer, dias carregados de emoção, divertimento e cansaço. Aqui vamos nós preparar o regresso ao nosso pequeno grande país, Portugal.

Beijinhos de todos. Até amanhã, na Portela. Desculpem, até depois de amanhã…

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dia 10 e 11: Rugby em Cairns





Pela primeira vez, desde que pisámos solo australiano, tivemos oportunidade de acordar a horas “indecentes”. O pequeno-almoço foi no hotel, umas torradas e café ou leite para os meninos… De seguida, enquanto uns se foram banhar na piscina, outros foram de maxi-táxi (até 11 pessoas) a Alice Springs à caça aos souvenirs, o desporto rei desta nossa jornada. Vários quilos de gifts and souvenirs depois e já com o almoço tomado, era altura de nos metermos no avião, desta feita rumo a Cairns. Depois de duas extenuantes horas de voo, o avião abriu caminho entre os hangares de Cairns, e passadas as formalidades de segurança, encontrámos lá um autocarro à nossa espera que nos levaria à nossa nova morada, o hotel Queens Court. Depois do tradicional check-in, deparámo-nos com uma muito convidativa piscina, estreada rapidamente por alguns entre os quais Jómi Phelps. Com jantar por nossa conta, não nos fizemos de rogados quando avistámos – adivinhem – um McDonald’s. Mais tarde e finalmente cedendo ao cansaço da viagem, regressámos ao hotel para mais uma noite de sono.

Esta manhã está por nossa conta - UAU!! Acordámos para o pequeno-almoço e de seguida invadimos a piscina do hotel, momento este onde inclusive se inventaram novos estilos de natação, entre os quais a “Pinaposa” que promete ser um sucesso nos Jogos Olímpicos de 2012. O almoço foi comido na cidade, onde voltámos a enriquecer as lojas de recordações australianas. Às 06.30pm, fomos de autocarro para o nosso primeiro treino de rugby e, segundo os mais pessimistas, imaginavam-se a ser placados por 15 matulões cada qual com as respectivas 3 toneladas… ou seja, o último treino das suas vidas. Com mais mosquitos que jogadores, o campo era claramente propriedade da bicharada (finalmente demos uso ao repelente), mas à medida que nos aproximávamos dele, os jogadores iam aparecendo. Ensinaram-nos algumas regras e movimentos técnicos, para depois as pormos em prática. Dividimo-nos em duas equipas, cada uma com alguns jogadores do clube local (eles bem que estavam com medo, mas nós insistimos). O jogo foi bem disputado e não houve baixas. Depois do duche para cortar os odores (era isso ou molas para o nariz), seguiu-se um barbecue conduzido pelos anfitriões. No fim trocaram-se uns agradecimentos e foram-nos oferecidas duas gravatas do Brothers Rugby Club e uma bola da equipa profissional dos Queensland Rugby Reds, com um convite para visitar o clube caso alguma vez voltássemos a estas paragens. Despedimo-nos e regressámos de autocarro ao hotel onde nos esperava a piscina e um bom duche quente para relaxar os membros doridos. Tombámos nos colchões mas, desta vez, não em jeito de placagem.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Dia 7, 8 e 9: Deserto





“Ring-ring” foi o primeiro som a destoar com os roncares cavernosos que se faziam ouvir um pouco por todo o hotel de Adelaide, onde quer que os portuguesinhos hibernassem. Com estas feras acordadas, depressa a sala de pequenos-almoços se viu invadida por estas estrangeiras criaturas esfaimadas. De estômagos cheios, fomos em direcção ao aeroporto de Adelaide, daí partimos para Alice Springs, e daí para Ayers Rock, onde nos esperava um guia, o prestável Dan. Fora do aeroporto aguardava um autocarro, que viria a ser a nossa viatura durante a nossa estadia no deserto australiano. Partimos em direcção ao acampamento, onde viríamos a pernoitar. De novo no autocarro, o Dan pôs-nos a par das regras do National Park do Uluru-KataTjuta, que deveríamos obedecer para não danificar a fauna e a flora Australiana, assim como ofender os Aborígenes. Tendo chegado ao Uluru, os paparazzi focaram as suas objectivas na fantástica, esfusiante e estupendamente bela formação rochosa (aka calhau), enquanto se comia uns nachos embebidos em molhos. De regresso ao acampamento, Stevie, o nosso bushman, presenteou-nos com um excelente jantar barbecue e depois de um grande convívio à volta da fogueira, os portuguesinhos quedaram-se em suas camas.

Ainda era de noite quando nos levantámos para ir tomar o pequeno-almoço. De seguida partimos para assistir ao nascer do sol no Uluru. À medida que o Sol se erguia as escarpas do Uluru iam mudando de tonalidade avidamente registado pelos nossos fotógrafos, amadores e profissional, e cameraman. Começámos a nossa jornada, que nos levaria a ver todas as faces e peculiares formações rochosas, além das grutas que continham pinturas rupestres, do Uluru. Regressámos ao acampamento, onde o Stevie nos preparou uns hambúrgueres fabulosos. Depois pegámos na bagagem e rumámos a outro acampamento, este situado em King’s Canyon. À chegada, arrumámos a bagagem nas nossas tendas, que se situavam próximas de um viveiro de kangurus e um estábulo de dromedários, nossos companheiros de estadia. Um pouco depois, demos um saltinho à piscina, e para terminar o dia tentámos jogar um pouco de rugby antes do sol se pôr. À noite, novo jantar barbecue, seguido de um convívio à volta da fogueira, onde os risos, canções alegres e piadolas de boa índole destacaram o nosso grupo dos outros. O aniversário de um dos mais ilustres membros do grupo, Diogo “Pinantes” Pina contribuiu para a boa disposição de tão díspar grupo.

Neste terceiro dia de aventura no deserto, despertámos mais uma vez antes do nascer do sol e às seis da manhã já estávamos prontos para partir para as gargantas do Kings Canyon. Na companhia do Dan, começámos o percurso pelo Canyon com uma subida que deixou até os mais capazes a arfar de cansaço. Com o primeiro obstáculo ultrapassado, podíamos agora observar a vista única do magnífico deserto australiano ao amanhecer. Voltámos a virar as costas ao deserto e abrimos caminho para o interior do Canyon, onde viríamos observar e fotografar as formações rochosas únicas no mundo que constituem o Kings Canyon. De volta ao Outback, era já altura de arrumar as malas e partir para mais uma longa viagem de autocarro, pelas estradas de deserto australiano, desta feita, rumo a Alice Springs. Quatro horas e meia volvidas chegamos a um motel, à frente do qual o Gatinho, nosso fotografo de serviço, nos tirou uma foto em grupo juntamente com o Dan e o Stevie, dos quais nos viríamos a despedir. Apressámo-nos a arrumar as bagagens nos quartos e a vestir os fatos de banho para ir à piscina do motel. Muitas amônas e chapos na piscina depois, vestimo-nos para ir jantar à cidade. Apanhámos um táxi que nos levou a Alice Springs, onde entrámos no já bastante familiar McDonald’s para um burger & chips. Enquanto esperávamos que um táxi nos levasse de volta ao motel, encontrámos uma série de aborígenes sem abrigo, emprego e apoio da comunidade australiana. Este foi o único aspecto negativo desta nossa aventura no deserto. Chegámos ao motel e pimba! cama.

Aqueles que estão a pensar tornar-se ilegais na Austrália despedem-se com muito carinho.

Australian greetings from,
Bernardo Luz, João Gonçalves e Ricardo Galinha.

See you soon mates!

sábado, 6 de setembro de 2008

Dia 5 e 6: Kangaroo Island





Outra vez cinco da matina, andamos com um ritmo aceleradíssimo. Barafustámos um bocado com o gajo da recepção, mas lá nos levantámos. Devido a ser bastante cedo, tomámos aqueles pequenos-almoços em packs (só para terem noção, apricot e maçãs em barras), saímos do hotel para apanhar os nossos autocarros e deparámo-nos com minibus e uns atrelados hiper hiper minis, isto tudo para vinte e quatro pessoas, doze em cada um, incluindo os nossos guias a conduzir. Como podem imaginar foi preciso jogar Tetris para conseguir enfiar a nossa carrada de malas naqueles atreladinhos. Daí partimos directamente para o porto da main island para daí apanharmos o ferryboat para Kangaroo Island, uma ilha de comprimento de 100 km, envolta numa lenda aborígene. Reza a lenda que os espíritos dos mortos iam habitar a ilha depois de mortos, daí o facto destes indígenas não a habitarem nesta ilha enquanto vivos, é sagrada. O ferryboat foi bastante agradável, tivemos sorte, o céu estava sem nuvens e com um sol brilhante, a viagem foi em duas palavras, BRU-TAL! A chegada ao porto de Kangaroo Island foi uma imagem incrível, o mar azul único contrastava com o verde saudável da ilha. Minibus e dirigimo-nos a uma loja de conveniências para comprar mantimentos para um longo dia, desde aí partimos à descoberta da ilha. Dividimos em dois grupos, pois a maioria das actividades não podia ter mais que doze visitantes de forma a proteger estas preciosidades da natureza, contudo fomos ainda todos juntos a Pennington Bay, uma praia genial. Seguimos para Seal Bay, onde vimos leões-marinhos a menos de 10 metros de distância, o único local possível a esta distância no mundo. Mas antes ainda parámos na mais antiga destilaria de óleo de eucalipto. Já íamos tarde dentro quando pensámos em almoçar. Procurámos um grande spot para tal, e o melhor que arranjámos para manjar o nosso pic-nic foi um “parque de merendas”, very tipical. Arrumámos as coisas sem deixar um único lixo no chão de forma a não interferir com o ecossistema, aprendemos com os australianos a respeitar a natureza ao máximo sem destruir ou alterar. De seguidos reunidos o grupo e juntos fomos fazer sandboard, descendo dunas incrivelmente grandes. Foi uma loucura, de pé, sentados ou simplesmente a rebolar pelas dunas abaixo. Com o frio a enregelar-nos os ossos e a fome a voltar fomos fazer o nosso barbecue e comê-lo. Estávamos prontos para ir fazer o passeio nocturno. Começámos pelos pinguins, sete graus à noite e os pinguins armados em tímidos. A Rita tentou-se aproximar, mas como não viu o carril tropeçou e foi a voar quase até aos pinguins. Voltámos a entrar na carrinha para grande alívio de todos os que estávamos a morrer de frio. Durante esse passeio vimos imensos possums e wallabies, vimos então, o nosso acampamento que era qualquer coisa de espectacular, simpático e acolhedor, uma quinta. Já instalados ainda deu para acender a lareira que nos deixou mais quentes e confortáveis.

Hoje tivemos uma prendinha, dormimos até as sete horas da manhã!! ÓPTIMO. Levantámos e foi tempo de tomar um pequeno-almoço, panquecas com vários recheios, sumo de laranja e cereais com leite. Enfrentámos o frio da manhã (ainda que, com alguns raios de sol) e fizemo-nos à estrada para vermos o impressionante complexo Remarkable Rocks, que é o resultado dos movimentos de magma no interior da terra, na crosta à milhões de anos. É um sítio realmente bonito e tranquilo, com uma paisagem relaxante. Um pouco mais de estrada e estamos no “resort” das focas, criaturas super amorosas e brincalhonas. Apesar da imensa vontade de nos juntarmos às focas e nadarmos naquelas ondas, lá nos metemos no autocarro em direcção ao “refeitório”, e enquanto os guias preparavam o nosso almoço, fomos visitar umas grutas que há milhões de anos tinham sido dunas enormes, e com o tempo e água a infiltra-se lentamente formaram uma autêntica galeria com imensas estalactites e estalagmites. Lá comemos e fizemos o caminho de volta a main island no ferryboat. Olhar para trás e guardar uma imagem daquela fantástica e misteriosa ilha onde vimos tantas coisas que só costuma ser possível em livros e programas de tv. Mais duas horas e estávamos de novo em Adelaide. Meter qualquer coisa à boca e arrochar foi o que todos nós fizemos, ou melhor, quase todos porque a malta do staff ainda tem a pestana aberta…
Beijos a todos com sabor a Austrália.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Dia 4: Quase prós…






Às 06:15am tocou o telefone, era a recepção. Estava-se tão cool naquela cama e tirar o edredão de cima era uma ideia medonha, mas a promessa de surfar em Bondi Beach era uma boa razão para levantar o cu da cama. Num pulo fomos tomar o nosso fabuloso e gigante pequeno-almoço, the club breakfast (o típico pequeno almoço à inglesa). Entrámos no autocarro com algum stress devido às broncas das empregadas que demoram séculos a preparar-nos a "gasolina". A caminho de Bondi Beach ouvimos várias explicações sobre "Bondái Beach" (lê-se assim!), aquela praia era "propriedade" dos aborígenes e que significa "água a bater nas rochas", e também sobre Sydney e a sua fundação. Chegados a Bondi Beach demos com uma baía fabulosa e um mar perfeito a chamar por nós. Fomos 'pegar' o material e conhecer os nossos surf instructors que eram qualquer coisa, entre o bacaníssimo e o super porreiro. Foi muito fixe mesmo, o pessoal ficou pró em poucas tentativas. Tivemos ainda a oportunidade única de ver um peixe balão, um mesmo a sério, a morrer em cima da prancha do Ryan (episódio que mais tarde suscitou comentários interessantes, mas isso é uma história para contar mais tarde). Fomos embora de Bondi Beach cansados mas radiantes. Voltámos a Sydney (15 min.). Chegou então a hora de embarcarmos num cruzeiro pela baía de Sidney, e como tínhamos uns cinco minutos livres, alguém teve a parva ideia de utilizarmos a câmara do Barbot e 'bora lá entrevistar pessoas. Como podem calcular, com uma repórter como a Rita e o resto da equipa a fazer de mirones, conseguimos assustar toda a gente excepto um senhor bem porreiro dos States que até lá respondeu às perguntas e tal. Voltando ao cruzeiro, onde petiscamos um belo de um almoço, dando ainda um tempinho para ir à proa socializar, tirar fotinhas e simular a cena do Titanic. Saímos do barco, e apesar da insistência de algumas meninas para irmos às compras, o Jerónimo, esse grande mestre e guia, que é uma ganda personagem, levou-nos a visitar alguns locais emblemáticos desta espectacular cidade entre eles 'The Rocks', 'Opera', 'Royal Botanic Gardens' e pelo caminho ainda vimos um aborígene a dar show com ganda sistema de som. O tempinho começou a ficar negro e foi altura do "Mr. Lopez" e do "Mr. Gatjinho" darem o seu sprint numa tentativa desesperada de participar nos jogos Olímpicos de Londres em 1012. Ou era ainda os de Pequim?! Hotel, quinze minutos de escapadelas de compras. Malas e o caraças, o stress era grande para entrar no autocarro a tempo de chegarmos ao aeroporto sem perder o avião. Nesse voo, poucos foram os que não passaram pelas brasas antes do avião partir e, apesar da turbulência, poucos foram os que acordaram. Às 09:47pm chegámos a Adelaide, um esforço para nos enfiarmos no autocarro e chegar ao Hotel, deixar as malas, ir ao w.c. e procurar sítio para jantar (o que não é nada fácil numa terra que não se conhece, é de noite e não se vê vivalma na rua). Depois do jantar, enquanto uns sortudos dormiam outros coitados trabalhavam que nem bois na sala do staff até, deixem-me olhar p'ro relógio: 01:52am. Chega, vamos dormir que amanhã temos uma trip de sonho para continuar.

Dia 1, 2 e 3: Finalmente cá!!





No passado dia 31 de Agosto finalmente partimos para a Austrália. Estávamos a ver que nunca mais! Para muitos esta foi a primeira vez sem os pés na terra. Como já seria de esperar algo teria de ficar em terra e neste caso o azar calhou ao Humberto que por não poder levar as bebidas optou por bebê-las naquele momento. Na chegada ao aeroporto tínhamos um autocarro à nossa espera que nos levou a conhecer o centro de Paris. Em seguida fomos para um hotel da famosa cadeia Ibis onde nos foi apresentada a Eva, representante da agência de viagem. Desfeitas as malas e já com a barriga a dar horas fomos de metro para o restaurante, no centro de paris, onde tivemos a nossa primeira refeição fora do avião, que por incrível que pareça não era muito diferente da de lá. De regresso ao hotel, o professor Paulo teve a alegre ideia de o fazermos a pé com o intuito de conhecer a cidade à noite o que teria sido interessante se não nos tivéssemos perdido. Mas esta pequena aventura acabou em bem e chegámos sãos e salvos ao hotel. Na primeira noite praticamente não dormimos alimentados pelo entusiasmo da viagem que estava para chegar. Houve mesmo quem não tivesse dormido nada, sempre com gente a passear pelos corredores e a saltar de quarto em quarto. Uma grande coboiada que nos valeu uma grande soneira no aeroporto de Londres. Parecíamos autênticos mendigos espalhados pelos bancos, uns sobre os outros, o que não foi mau de todo pois a verdadeira viagem estava para chegar! À hora de embarcar para Sydney deparámo-nos com cerca de 21horas de avião com uma ligeira pausa por Singapura para escala técnica. Uma viagem um pouco dura mas com oportunidades para observar grandes cidades que iam passando por baixo dos nossos pés. A acompanhar tivemos música, sono, filmes, sono, refeições, sono, jogos, sono... ATÉ QUE… FINALMENTE AUSTRÁLIA!!!!!!!!!! YEAH! À saída do aeroporto conhecemos o Mestre Jerónimo, nosso (muito) simpático guia de origem brasileira que nos deu a conhecer um pouco de Sydney. Embora já se fizesse um pouco tarde, lá encontramos um McDonald´s aberto, onde pudemos comer o nosso hambúrguer. Demos uma voltinha por Sydney à noite e regressámos ao hotel para concluir mais um dia.